quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Folclore

O conceito de folclore se fundamenta no conjunto de crenças, lendas, festas, superstições, artes, costumes e tradições de um povo. De origem inglesa, o folclore é uma palavra originada pela junção das palavras folk, que significa povo; e lore, que significa sabedoria.

A Procissão do Fogaréu é um exemplo de manifestação cultural da Cidade de Goiás (antiga capital do Estado de Goiás)
A Procissão do Fogaréu é um exemplo de manifestação cultural da Cidade de Goiás (antiga capital do Estado de Goiás)
Folclore significa sabedoria popular. A palavra folclore vem da expressão inglesa folk-lore, que significa "saber do povo". O escritor e colecionador de antiguidades, William John Thoms, criou essa denominação, no século XIX, para identificar e interpretar os costumes e saberes do povo.
As manifestações folclóricas são, na verdade, a forma de pensar, de agir e de sentir de um determinado povo. Essas formas de manifestação cultural são geralmente transmitidas oralmente e através do ato de representar. Com toda sua simplicidade, o folclore apresenta características de todas as regiões de uma Nação. O folclore, como cultura popular, torna-se de fundamental importância, pois somos formados por meio de expressões culturais, costumes e tradições.
Através das diversas manifestações culturais do folclore, pode-se conhecer a cultura e a tradição de povos antigos e compreender a ressignificação dessa cultura antiga, presente nos dias de hoje. As crenças, mitos, lendas, festas, superstições e artes são a essência de um povo. Na história da humanidade, as pessoas, em todas as culturas, buscaram e buscam explicações sobrenaturais para as coisas que não entendem.
Assim, os mitos, as crenças e as lendas se fazem presentes no nosso cotidiano, mesmo que inconscientemente, na medicina popular, na religião, nos ditados populares, nas simpatias e nas estórias que sempre apresentam um cunho moral no final. Essas manifestações são de autoria desconhecida e passadas através dos tempos, ou seja, de geração em geração. O saber de um povo não é encontrado nos ambientes escolares, pois esse conhecimento pode ser produzido por qualquer pessoa.

Por Lilian Aguiar

Folclore e Memória 
Por: Zoroastro Neto*
Permita-me, caro leitor, iniciar este texto fazendo uma homenagem ao amigo Ranilson França, que há seis anos nos deixou! Como escreveu Elinaldo Barros, no Prefácio do livro do folclorista - De Neném a Dominguinhos: trajetória discográfica, Ranilson "um apaixonado pela cultura popular e defensor dos fracos e oprimidos mestres de folguedos alagoanos", conseguiu salvaguardas a memória do povo nos programas do Balançando o Ganzá e na Associação dos Folguedos Populares de Alagoas.

Tive a grata satisfação de levar minha filha para assistir a programação da semana do folclore na praça Lucena Maranhão, em Bebedouro, berço dos festejos e tradições culturais. Com o slogan "preservando valores e mantendo vivas nossas raízes, a Fundação Municipal de Ação Cultural organizou apresentações em vários bairros da nossa cidade e pedindo licença a Santo Antônio, o pastoril Estrela de Belém deu vivas aos cordões azul e encarnado.

Diante da insegurança e da falta de opção para entretenimento na Estrela radiosa, aquele órgão público percebeu a necessidade de planejar atividades culturais que possam reunir a família, e promover o reencontro de amigos e moradores dos bairros em uma mesma jornada, como canta Cremilda, "[...] vai começar o guerreiro, com fé em Nossa Senhora, vamos embora Matheus, que está em cima da hora".

O Guerreiro Treme Terra de Alagoas, com o mestre Benon, animou aquela gente. Por alguns minutos esquecemos a violência, o estado de barbárie em que vivemos, a ausência de políticas públicas para educação, saúde, moradia e tantas outras refrações da questão social. Canta Eliezer Setton, "guerreiro, cheguei agora, Nossa Senhora é nossa defesa. Tristeza pode ir 'simbora', aqui no meu terreiro ninguém sofre, ninguém chora".

Continua: "Ô minha gente! Dinheiro só de papé; carinho só de mulhé; capitá só Maceió. Ô Maceió! Do pastoril e do forró, do coco, do fandango e da chegança, do reizado e da esperança, do que é bom ficar melhor".

As Baianas Rosas do Lar, da comunidade da Chã de Bebedouro, deram um show a parte. Sob os apitos de Dona Zezé, rodaram as saias e com aplausos orgulharam os presentes. A alegria contagiante daquelas senhoras ratifica o pensamento e a marca daqueles que lutam pela preservação da cultura raiz, como Carmem Lúcia Dantas, Douglas Apratto, Sávio de Almeida, Rolando Boldrin (com o programa Senhor Brasil, na TV Cultura) e tantos outros.

Finalizando a programação daquela noite, esquentando a garoa que caía, o Maracatu com o grupo Coletivo Afrocaeté cantando, "zabumba de bombos, estouro de bombas, batuques de ingonos, cantigas de banzo, rangir de ganzás... as luas crescentes, de espelhos luzentes, colares e pentes, queixares e dentes de maracajás (Alceu Valença)!".

Oxalá, a Fundação Municipal de Ação Cultural possa manter a programação viva e as nossas raízes, não apenas na semana do folclore! Parafraseando a jornada da despedida, deixou paz, deixou luz, naquela noite abençoada por Santo Antônio, mas "[...] já chegou a hora de nos despedirmos, temos que partir, mas o ano que vem vamos voltar, para celebrar o nascimento de Jesus, vamos todos dar as mãos para celebrar com união; agora somos só um cordão, abençoado por Jesus".


Planejamento de Aula

·         Leitura do texto Folclore: a sabedoria e as tradições do povo, passadas de geração a geração e dos links a ele relacionados, em Cultura brasileira. Os alunos podem ler os textos em casa e discuti-los em sala de aula de modo a esclarecer as dúvidas que tiverem sobre eles.
·         Pesquisar a história dos objetos encontrados: de onde eles se originam, quais suas fontes básicas (ibérica, africana, indígena, mestiça...), quem são seus produtores atualmente, etc.
·         Produzir cartazes ou painéis com textos identificando os objetos levantados e apresentando as informações essenciais sobre eles, pesquisadas no item anterior.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Folclore

Guerreiro das Alagoas
O "Guerreiro". Maior expressão da Cultura Popular Alagoana
Auto dos Guerreiros ou Guerreiro é um folguedo natalino de caráter dramático profano-religioso, que se comemora entre o período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, anunciando de porta em porta a chegada do Messias e homenageando aos três Reis Magos.
Antigamente formado entre 50 e 64 figurantes, hoje varia entre 25 e 35, o Guerreiro é um grupo de dançadores e cantadores, surgido entre 1927 e 1929, pelo sincretismo do reisado alagoano junto ao desaparecido Cabocolinho, e ainda com subsídios temáticos das Cheganças, Pastoris e o Bumba-meu-boi. Comportando também o maior número de figurantes e episódios, tendo mais riqueza em seus trajes e na música, muitos estudiosos do Folclore, costumam dizer se tratar de um "Reisado Moderno", podendo ele, o Guerreio substituir ambos, Cabocolinho e Reisado, tornando-se assim, um único folguedo.
Vestimenta: imita igreja, palácios, catedrais, diademas e coroas, guarda-peitos, calção e mantos. Episódios: Semelhantes aos do Reisado. Entremeios: O boi, a do índio perí, substitui a guerra, lira sereia, entre outros. 
http://www.topgyn.com.br/conso01/alagoas/conso01a08.php

                                                      Atividades a serem trabalhadas

  • Leitura do tema escolhido;
  • Pesquisar os diversos tipos de folguedos de Alagoas
  • Programar visitas ao Museu Théo Brandão para que os alunos conheçam melhor a História do nosso folclore;
  • Implementar Projeto direcionado às danças folclóricas visando a interação dos alunos em relação ao assunto.

MENTIRA DE PESCADOR (homenagem ao Pilar)


 (…)
VOU CONTAR UMA FASSANHA /ACONTECEU NO PILAR/LÁ EXISTE UM PESCADOR/POR NOME DE CARCARÁ/O DANADO TINHA UM FOLIGO/QUE ERA DE ADMIRAR
 #
CARCARÁ DISSE É HOJE/QUE A PESCA VAI SER BOA/VOU PEGAR PEIXE PEQUENO/QUE CAIBA NESSA CANOA/QUE MINHA MULHÉ NÃO GOSTA/QUE EU TRAGA PEIXE A TOA
 #
CARCARÁ MANDOU BUSCAR/SUA ISCA NO MERCADO, /160 SUÍNO, 300 QUILO DE GADO/MINHOCA DE 30 METRO/13 MOCOTÓ GELADO
A CANOA DE CARCARÁ/ ERA BEM PEQUENINHA/QUANDO ELE IA PESCAR/LEVAVA 30 GALINHA/70 SACO DE ARROZ/38 DE FARINHA
 #
TINHA 113 METRO/A LARGURA DA CANOA/TAMANHO 1200/MEDINDO DE POPA E PRÔA/NÃO ME DIGA QUE É MENTIRA/EU NÃO FALO NADA À TOA.

Jorge Calheiros.

Atividade a ser trabalhada

Abordar a temática com os alunos através de rodas de leituras e/ou recitais dos cordéis citados.  

A Lenda do Sol



Existia apenas escuridão na Terra e só as estrelas pequenas é que brilhavam!
Mas havia também uma indiazinha que se chamava Lilandra e gostava de dançar em homenagem àquela estrelinha tão fraquinha e rosada que aparecia no céu.
Muitos índios não entendiam porque ela fazia aquilo. Eles achavam que ela estava provocando a ira dos deuses que davam comida e abrigo para a aldeia.
Uma reunião foi feita, inclusive com seus pais, e decidiram que se ela dançasse de novo seria severamente punida, pois ela estava colocando em risco toda a aldeia.
De nada adiantou alertá-la, pois ela continuava dançando e ainda dizia:
- Sabe...? Um dia aquela estrelinha será muito forte e vai iluminar todo mundo!
Isso irritou muito o chefe da tribo que decidiu puni-la afastando-a da aldeia.
Ela foi andando, e chorava muito.
No meio da floresta ela parou, perto de um riacho. Seus olhos ainda lacrimejados. Olhou para a água e viu o reflexo da estrelinha.
Com uma tristeza enorme, ela pulou de encontro ao reflexo e nunca mais submergiu daquele riacho.
A noite começou a virar dia.
Os índios, assustados, cantavam e dançavam para seus deuses, procurando a salvação.
Aos poucos, caíam... Pois estavam morrendo de calor e de sede.
Aquela estrelinha agora tinha um brilho tão forte que os índios que olharam para ela ficavam cegos.
Essa tribo desapareceu completamente...
Lilandra ainda está com o Sol! É só fechar os olhos quando o Sol estiver bem forte e sentirá alguém passando por volta dele... ela estará lá sempre, para proteger aquela estrelinha que nos dá luz e calor!
 


http://lendasfolcloricas.blogspot.com.br/
Atividades a serem trabalhadas
  • ·         Criação de peça teatral tendo como atores os alunos;
  • ·         Elaboração, distribuição e leitura do Roteiro adequado à faixa etária destes;
  • ·         Criação de um cenário baseado no tema proposto;
  • ·         Trabalhar a temática com os alunos para que eles possam representar os devidos papéis na peça;
  • ·         Apresentação do projeto.